domingo, 29 de maio de 2011

Cresce

Oi Filho!

No momento não é falta de inspiração ou falta de historias para contar. Tenho apenas vontade de dizer algumas coisitas para você. Nada de conselhos ou de 'broncas' porque você está enrolando (como todas as últimas noites) para deitar muito depois do horário esperado para quem terá um dia puxado pela frente - algo como 22h.

Coisitas:

Filho (de mamã), continue "crescendo em estatura e graça perante Deus e os homens". Você acabou de conferir seu tamanho (riscando a parede e fazendo um borrão enorme) e constatou que cresceu mais (como se seus roupas não estivessem dizendo isso). Crescer é importante, sim. O mundo em que vivemos espera que os jovens fiquem cada vez mais altos. Mas, este mundo também espera que sua lista de habilidades seja cada vez maior. 

Vá em mais uma semana! Vá adiante! 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Falação sem fim

O ocorrido foi 2ª feira desta semana:

Estava em casa com a máquina de lavar trabalhando e a tábua de passar montada no meio da sala quando o telefone tocou - por volta de 12h10 - e vi o número do telefone do Filho (horário de aula dele e o coração fica apreensivo). Falei "alô!" e não obtive resposta, pois havia muita conversa.

Suposições de mãe: tumulto na aula e o Filho liga o celular para que possamos saber o que está acontecendo (?); o Filho está no SOE ou diante do diretor disciplinar (?); alguém está com o telefone do filho e começa a brincar ligando para os números disponíveis (?)...

NDRA (nenhuma das respostas anteriores). Gritei mais alto e nada de obter resposta. Uma voz sobressaia, fracamente, entre as demais - explicando as demais: várias vozes que ouvi ao longo da vida escolar do filho e que já estão amadurecendo - e, a voz que sobressaia, dava algumas poucas explicações ignoradas pela maioria.

Entendi, precariamente, que o Filho estava em início de aula (muito atraso para ser início) e que as observações diziam respeito ao que aconteceria no tempo restante. Pelo que era possível ouvir (e pela diminuição das conversas) estava acontecendo uma aula.

Aula! Aula?

O Filho continuava conversando! Isso mesmo! Falava com um colega mais próximo e ainda, nos intervalos da fala da professora, chamava outro que estava (pelo jeito) um pouco mais distante. Ouvi uma voz feminina que pedia um celular. Gritei mais uma vez. Desliguei o telefone de casa. Liguei outra vez e lá estava o (bendito!) celular ocupando a linha - e a mãe em casa ouvindo o Filho falando durante o tempo todo.

Envie duas mensagens para o celular. Na 3ª mensagem conclui que o Filho percebeu o estrago. Isso mais de 20 minutos depois do início desta história. Desligou lá. Linha desocupada aqui. Poucos instantes depois o telefone toca outra vez e escuto a voz do Filho impaciente.

Oras bolas (expressão antiga e maravilhosa)! Como é que pode o Filho acreditar que pode ficar indignado porque ficou sem 'bonus' para ligar para telefone fixo? Oras bolas! A mãe diz logo: "Engole todas as reclamações! Tenho a prova que você conversa a aula inteira! 20 minutos falando sem parar junto com a professora? Pensa o quê?" Escuto lá: "Não é bem assim... Desculpa mãe?!"

Fala sério! Já fui dizendo que não vai adiantar nada se a escola fizer alguma reclamação (como já aconteceu no passado) quanto às conversas fora de hora (escola é cheia de concluir que os pais têm que dar conta sobre assuntos que acontecem por lá). Expliquei em poucas palavras que enquanto uma pessoa fala a(s) outra(s) devem ficar em silêncio e que isso é respeito (esta é a parte que cabe aos pais, sim!). Mesmo entendendo que, entre muitas falações, ele falava com a professora respondendo suas perguntas (menino prodígio?) o comportamento estava inadequado (convicção de bons modos, mas bem que a aula poderia estar mais interessante) e que o melhor a fazer é manter-se educado e blá, blá...

Conclusão mais óbvia da vida e do mundo inteiro: o Filho fala o tempo todo!


domingo, 22 de maio de 2011

Compras

A mãe do adolescente anda na fase francesa e ama repetir "la vie est belle" mesmo em situações menos felizes como, por exemplo, ir às compras com a prole.

A fase vaidade não consegue ser estendida à maneira mais fácil de resolver este pecado capital (vamos às compras!). Mas, diante da necessidade gritante e a enorme vontade (da prole) em assistir os lançamentos do momento Piratas do Caribe 4 e Velozes e Furiosos 5(Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides e Fast Five)ouço a frase esperada:vamos!?

Nem parece mais aquele menino lindo e felizento (adjetivo criado aos 3 anos) que experimentava todas as roupas possíveis dentro de uma loja e que, ainda, desfilava diante dos espelhos deleitando-se no auge de suas vaidades. Não! Isso parece contos felizes de outros tempos. O que acontece agora é bem complicado. Coisas do tipo: já experimentei! Esta é estranha! Nem quero ver mais! Uma basta! Agora chega! E quase acrescenta a hilariante expressão do alto de seus 2 aninhos dirigida à avó que insistia com ele em qualquer coisa: Deixa o menino!

Tudo foi quase perfeito... Saímos para comer 'besteiras' e o menino concordou em ver uns casacos lindos (e caros!) que serviram nos braços desprorpocionais resultantes desta fase de estirão. Só não foi mais perfeito porque não encontramos calças que pudessem substituir as preferidas que quase andam sozinhas por aí.

Depois desta bela cena (mãe e filhos fazendo compras)e mais de 24hs depois o filho diz que precisa (em menos de 24hs) de camisa branca para uma apresentação da banda... 

Como assim? Só avisa agora? Como pensava aparecer lá sem uma camisa branca? Isso não deveria ter sido avisado antes? E se não estivéssemos na rua? E as lojas que fecham em menos de 40 minutos? - Despejei, sim, todas estas perguntas em cima dele. Mas, pai e mãe de adolescente já engole cabelo sem corte com muita cara de despenteado e não quer engolir o filho aparecendo numa apresentação vestido de bege parecendo roupa encardida quando deveria estar com branco...

Já que está lá para comprar a tal camisa branca e a loja fechou é possível comprar as tais calças! 

Com o estirão, o filho está usando calças que não sabemos qual o tamanho (como se isso fosse possível para adolescentes que dormem crianças e acordam usando medidas inexistentes nas lojas) e quando experimenta algo que imaginamos é (!) do tamanho dele... quase escutamos "Deixa o menino", pois parece que quer continuar usando aquelas que não servem mais.

Lembrando: a loja que vende a camisa branca que supostamente vai servir estava fechada! Temos programa emergencial ante da apresentação e em pleno domingo: compras!



La vita è bella(italiano)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ainda mãe

Ainda sou mãe de um adolescente! 
O blog está abandonado não é por falta de notícias e vivências inesquecíveis de ser mãe, não. É que tem tantas novidades - e uma atropela a outra cada vez mais rápido - que nem dá tempo de escrever aqui (ui!).

As últimas andam em:

# Enorme decisão na vida do filho: não quer mais cortar os cabelos - para desgosto paterno
# Crises de idade, afinal já tem 14 anos e está no Ensino Médio (frase dele), o que basta como argumento para querer circular pela cidade (moramos em SP) quando bem entende ou para decidir o melhor dia e horário que deseja ir ao shopping-e-cinema
# Decisão impensada de querer discutir (sempre) com a mãe e ter a certeza que ficará com a última palavra - mesmo que seja um hummm raivoso - quando não quer secar o xixi do cachorro
# Necessidade (insana) da mãe de segurar firme nos braços dele para fazê-lo parar e pensar que está dizendo um monte de asneiras 
# Ainda acredita (o filho) que só vai sair de casa quando quer e não quando os pais dizem que precisa ir junto.

Ufa!

Ainda há muito mais... Afinal, ele acredita que é mais forte do que mostra.


domingo, 20 de março de 2011

Trocar a peça

Em alguns momentos de diversão em família, quando o Filho faz alguma reclamação (daquelas sem muita importância), o Filho da Sogra costuma dizer para ele que é melhor mudar a tática. Diz que ele deve ir à "fábrica de pais" e pedir para trocar os pais que ele tem.

Claro que este é um dos comentários que o Filho, em toda a sua falta de paciência com brincadeiras bobas, considera que é falta de respeito.

Um dia destes, o Filho fez algo (nem lembro o que foi) onde a resposta do Filho da Sogra poderia ser para pedir a troca do Filho. Não o fez e fiquei com a observação guardada embaixo da manga (como se eu soubesse jogar cartas). 

Passados uns dias e a adolescência cada vez mais 'aflorada' por aqui... Fiquei impaciente e respondi: "Olha aqui (como se isso mudasse tudo)! Espero que isso não aconteça outra vez ou vou ligar lá na Fábrica de Filhos e vou reclamar!"

Fiquei em apuros. Não queria insinuar uma troca de filho. Nem brincando, pois deixo este tipo de brincadeira entre Filho e Pai. Sem pensar muito completei: "Vou pedir para trocar a peça que está com defeito, pois sei que este é meu filho, sim, mas está com defeito e exijo uma troca imediata do que provoca tanta confusão!"

Virou piada!

É a nova piada, assim como aquela em que digo (muito séria) que "nem adianta reclamar de nada, pois isso aqui não é uma democracia e sim uma família".



quarta-feira, 16 de março de 2011

Não é sim?

Quando ouvia, por aí, que a adolescência é uma fase terrível eu respondia que não e que não é nada disso (...). Ouvia que minha opinião não contava porque meu filho ainda não estava nesta fase.

Agora, meu filho está (sim!) nesta fase. Ele é um adolescente com vontade (ou melhor: com todas as vontades!) de mostrar o que é. Então, posso falar que não é o que dizem por aí (?). Posso. Sei que minha opinião ainda tem chão pela frente e que poderá, sim, mudar radicalmente.

Vou à opinião: adolescente (até agora) é igual à criança de dois ou três anos! Explicando: fase do não é a principal semelhança. Se o pai ou a mãe  (serve para professores, também; mas tios não, pois estes agradam e não precisam dizer não) deseja que a criatura faça algo é só dizer. Um botão automático responde: não! Ou: agora não! Mas, se o adulto em questão deseja (mesmo!) que ele faça algo, deve dizer: "Não faça" ou "Não pode". Com certeza (absoluta!) a criatura se mobiliza instantaneamente para fazer o exato contrário.

Isso é ou não uma mera semelhança?

Outra: quando temos os filhos pequenos e desejamos que guardem seus brinquedos convidamos para "brincar de guardar" e eles topam; os adolescentes guardam as meias, camisetas ou materiais escolares se propomos fazer como numa competição (brincadeira da idade): "Vamos juntos ver quem dobra mais rápido?" Se precisa que deixe de comer chocolate porque as espinhas estão tornando sua criatura um ser de outro planeta, é simples: diga para comer muito chocolate, que mesmo depois que o rosto dele estiver horrível e que os amigos estiverem fugindo você estará ali ao lado - parece piada, mas é sério! Não deixando de falar a verdade, mas se a palavra "não" aparece... pode esquecer.

Funciona! Funciona deste jeito! Mudam os interesses e os brinquedos, além das pernas, braços e pêlos. Mas, as criaturas são as mesmas: nossos filhos que dependem de nós para tudo , inclusive para lembrá-los de todos os compromissos que eles têm (a parte que menos gosto). 

Se você olhar as fotos da primeira infância de seu rebento, não fique em dúvida: qualquer semelhança não é mera coincidência".



domingo, 13 de março de 2011