quarta-feira, 16 de março de 2011

Não é sim?

Quando ouvia, por aí, que a adolescência é uma fase terrível eu respondia que não e que não é nada disso (...). Ouvia que minha opinião não contava porque meu filho ainda não estava nesta fase.

Agora, meu filho está (sim!) nesta fase. Ele é um adolescente com vontade (ou melhor: com todas as vontades!) de mostrar o que é. Então, posso falar que não é o que dizem por aí (?). Posso. Sei que minha opinião ainda tem chão pela frente e que poderá, sim, mudar radicalmente.

Vou à opinião: adolescente (até agora) é igual à criança de dois ou três anos! Explicando: fase do não é a principal semelhança. Se o pai ou a mãe  (serve para professores, também; mas tios não, pois estes agradam e não precisam dizer não) deseja que a criatura faça algo é só dizer. Um botão automático responde: não! Ou: agora não! Mas, se o adulto em questão deseja (mesmo!) que ele faça algo, deve dizer: "Não faça" ou "Não pode". Com certeza (absoluta!) a criatura se mobiliza instantaneamente para fazer o exato contrário.

Isso é ou não uma mera semelhança?

Outra: quando temos os filhos pequenos e desejamos que guardem seus brinquedos convidamos para "brincar de guardar" e eles topam; os adolescentes guardam as meias, camisetas ou materiais escolares se propomos fazer como numa competição (brincadeira da idade): "Vamos juntos ver quem dobra mais rápido?" Se precisa que deixe de comer chocolate porque as espinhas estão tornando sua criatura um ser de outro planeta, é simples: diga para comer muito chocolate, que mesmo depois que o rosto dele estiver horrível e que os amigos estiverem fugindo você estará ali ao lado - parece piada, mas é sério! Não deixando de falar a verdade, mas se a palavra "não" aparece... pode esquecer.

Funciona! Funciona deste jeito! Mudam os interesses e os brinquedos, além das pernas, braços e pêlos. Mas, as criaturas são as mesmas: nossos filhos que dependem de nós para tudo , inclusive para lembrá-los de todos os compromissos que eles têm (a parte que menos gosto). 

Se você olhar as fotos da primeira infância de seu rebento, não fique em dúvida: qualquer semelhança não é mera coincidência".



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