domingo, 19 de setembro de 2010

Trabalho em grupo

Ainda pensando no título da postagem vou lembrando o que aconteceu: A agenda do Filho é um pouco cheia em alguns dias da semana e quinta-feira é um deste dias, pois tem aulas pela manhã lá no 9º ano (tormento de mãe para uma próxima postagem), aulas do técnico (em música) à tarde e ao final de tudo tem ensaio de Banda.

Na última 5ª feira o telefone tocou bem antes do horário combinado e, com a voz alterada, o Filho pediu que fosse buscá-lo (logo!). Perguntei a razão e ele tentou explicar que não havia conseguido terminar um trabalho que estava fazendo com todo 'o pessoal' da aula, mas que os demais que ele estava ajudando - e que estavam no começo de mãos abanando - sim. Perguntei se havia conflito com 'o pessoal' ou com a professora e respondeu que não. Insisti se não seria melhor ficar, pois poderia mudar de opinião quando estivesse mais calmo e eu não estava querendo ir e voltar. 

Fui pensando que precisava conversar com a professora da disciplina em questão para saber mais detalhes dela não aceitar o trabalho dele - e mais as reclamações, desde o começo do ano, que ele faz de algumas do grupo nesta aula - ou seria melhor conversar com a Coordenadora da Acarte. Fui ensaiando o assunto: falaria das aulas de trompa e as reposições e depois solicitaria mais esclarecimentos e a intervenção dela junto à professora*.

Ao encontrar o Filho, bem mais calmo e com voz de choro, que explicou um pouco mais a mesma coisa, entendi algo: frustração!

O Filho estava lidando com sua primeira frustração por não saber administrar a ajuda e disposição em compartilhar o trabalho em grupo e a necessidade de ser esperto em defender-se antes (garantindo o próprio trabalho). Repetiu algumas vezes que não entendia como todos estavam entregando o trabalho tendo o mesmo tempo para fazer e ele não (?); não entendia como é que ele havia levado material que os demais precisavam e ele não tinha material na hora de entregar (?) e mais outras frustrações.

Respondi apenas que ele precisava pensar em qual pode ser a atitude dele numa próxima situação, além de incentivar a necessidade de fazer o trabalho todo e ir solicitar ajuda à Coordenadora.




*e fiz tudo isso entendendo um pouco mais a dinâmica das emoções do meu Filho ao lidar com tantas garotas na mesma sala, além de uma boa conversa entre mães de meninos/homens e trocas de ideias sobre estes que aprendem com mais facilidade.

Nenhum comentário: